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terça-feira, 31 de maio de 2011

Alucinação


Uma taça de vinho
Inebria meu corpo.

Vinho tem alma!

Confunde
E acalma,
O meu errante espírito

A minha irrequieta alma!

Manaus, 20/10/2003.

domingo, 29 de maio de 2011

Pensam que sou


Um campo em flores
Um campo minado
Um campo sagrado
Um campo de bolas
Em campo o meu time.

Um silvo de cobra
Um réquiem recobra
Um sino que dobra
Um apito manobra
O alarido que sobra.

Só sou o que fui
Serei só o que sou
Um retrato sem tela
Pendurado na mente.

O passado e o futuro?
Incógnitos presentes!...

Boa Vista, 21/08/2003

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Marketing de relacionamento

Hoje não existe nas calçadas
Nem leite, jornal e pão
Nem piques, bolas e cirandas
Nem conversas nas varandas

Existe chamadas televisivas
Desesperadas... Apelativas...
Buscando qualquer atenção,

O relacionamento instigando,
O relacionamento acirrando,
Como diferencial competitivo
No jogo obsceno e ferino
Do mais vender muito mais.

E por trás do interfone
Uma pizza por telefone,
Um motoboy taciturno
Serve o repasto noturno

A sete chaves guardadas
Crianças felizes saboreiam
Livres louros do progresso.
E via modem e internet
Cheias de mimos e carentes
Enviam beijos inocentes
Para os avós e os parentes.

Boa Vista, 07/09/2003

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Certezas ao vento


Por vezes você me encanta
Noutras,
Você me assusta!
E minha alma sem rumo
Esvai-se como nuvens
Sólidas no vento
Cujo sul é o norte,
E cujo norte
É a sorte!

Boa Vista, 24/05/2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Espaço real

O que é o tempo
Se não a ilusão
De que tudo é igual?
E o que dizer do espaço
Cúmplice do tempo
Para ser natural?

Einstein estaria errado?!...

E se na tese ideal
O tempo for real,
O relativo integral
E o espaço virtual?

Talvez não passemos
De poeira cósmica
Pulsando contente
Pensando ser gente.

Todavia,
Se na realidade,
A poeira não pensar?...
O mistério se agiganta
Eva... Newton... a Maçã...
E a razão firme balança
Na rede frouxa do divã!

Boa Vista, 10/03/2003.