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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Feliz Ano Novo!


O Natal passou
E o Ano Novo chegou!

Veio maroto, na forma de tempo,
Com ares rotineiros
Tentando disfarçar
Tantas promessas frustradas!

Apagar o velho?
Pode ser!... 
Não é sua missão
Visto ele ser
Apenas novo dia
Que só começou!

São João del-Rei, 30 de dezembro de 2013

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A direção do tempo

A vida não é tristezas
Nem perfeitas alegrias
Que permeiam o dia a dia
Das nossas noites e dias.
A vida?... É a vida!
Com riscos e magias
Submersa no tempo
Alenta a alquimia.

Assim como se acaba
Na aurora reinicia
Infinitamente
No tempo
Finito.

E a alma infinita
Em conflito se agita
Por saber que o tempo
Escorre sem resistências
Rumo ao abismo em cascatas

Findo o imputado espetáculo
Do véu de noiva em cataratas
Retoma seu curso mansamente
Levando e lavando
Montes, matas e mentes,
Assim, desliza humildemente,
Na ponderável direção
De imponderáveis oceanos.

Boa Vista, 07/03/2003

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Sorria

Sorria, e receberá um sorriso
Desperte um bom sentimento, e sentirá
Ame, e será amado
Doe, e receberá
Faça uma pessoa feliz, e feliz será
Sorria, e viverá!


(Autoria: Thiago Augusto Schmidt de Melo, meu filho)

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Desamparo

Através da vidraça
Vejo o que espero
A verdade que quero
O que de bom inventei!

E que vem através...

Através das frestas
Através dos sonhos
Que chegam à noite
Quando os olhos se fecham!

Através da vidraça
Vejo a fumaça
A cortina em chamas
Revelando a trapaça!

Boa Vista, 29/10/2013

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Viver com razão


Menino chora com fome
Tem, portanto,
Razão pra chorar.
E de que adianta?
Se não puder comer
Vai por certo morrer
Coberto pela razão!

Menino treme com frio
Tem, portanto,
Razão pra tremer.
E de que adianta?
Se não for coberto
Vai morrer por certo
Pela razão encoberto!

O menino tem razão para chorar
Tem fome, tem pressa, tem frio.
Sem razão vive a vida num fio
Falta-lhe pão... sobra-lhe razão...

Sem querer compaixão...
Quer carinho e abrigo
Quer ser cidadão,
Quer respeito, amigo!

Precisa razão
Para ser e viver.
E um dia aprender
Que há razão sem razão
Para morrer... E viver!

Boa Vista, 04/03/2003

sábado, 20 de julho de 2013

Modernidade

Há poesia nas rimas do teclado
que guiam meus dedos sonsos
e os fazem pensar...

A mente não importa
Exporta o que importa
Imperativos e demências
com a certeza abstrata
de que tudo é normal

BoaVista, 20/07/2013


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O balanço na rede


Mato a bala no peito
De frente pra rede...
E a galera se levanta!

Vacilo um instante...
A rede não balança
Silencio gritos estridentes.

Se a rede não sacode
Em éxtase explode
O alarido do silêncio!

E os corações endurecem
E os corações recrudescem

Redes e fios recrudescem
E as aranhas não tecem
A cadeia de alimentos

Nos fios e nas cordas
Ora a bola não rola
Ora a rede se enrola
Em defesa do gol

O gol se aniquila
E o gol se afunila

E o caldo filtrado
Não alimenta em tese
Um ingênuo passarinho

Há pássaros na trama
Regurgitando na grama
Redes e fios rompidos
Balas e gols impedidos!

Boa Vista, 11/07/2003

(do livro: Outra Estrada Qualquer!...)