O relógio distraído em tic-tac
Exibi em horas que a manhã
Longe está do seu limiar.
E nesse instante perene
Meu prisioneiro tico-tico
Faz-se pássaro de raça
Gorjeia altiva cantoria
No fundo raso do alçapão!
Meu avô zomba da casta
Que circunspeto admiro
Com a liberdade de aprendiz.
O relógio retumbou sala afora
Anunciou a noite chegando
E refletiu a gaiola vazia.
O meu avô bateu asas
E não viu que o tempo
Fez-me pássaro cativo
Condenado à liberdade!
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