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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Responsabilidade protelada

A campainha avisou-me
Que o padeiro passou
Dirigi-me ao portão
Nada de pão...

No chão

Uma criança amedrontada
Pela fome encorajada
Encolhida qual bicho
Estendeu-me sua mão

Na incerteza de um pão
Com a certeza, porém,
De um sonoro não!

Manaus/São Paulo, 18/12/2003

(do livro: O Sol de Cada Dia... Em Cada Dia)

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