Powered By Blogger

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pensam que sou

Um campo em flores
Um campo minado
Um campo sagrado
Um campo de bolas
Em campo o meu time.

Um silvo de cobra
Um réquiem recobra
Um sino que dobra
Um apito manobra
O alarido que sobra.

Só sou o que fui
Serei só o que sou
Um retrato sem tela
Pendurado na mente.

O passado e o futuro?
Incógnitos presentes!...

Boa Vista, 21/08/2003
(do livro: Outra Estrada Qualquer)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Por onde andei?

Esses anos
Longos e breves anos
Os passei asilado
Exilado
Sob densa penumbra
Dos pesados ponteiros
Precisos nas horas
Dos leves relógios

Relógios de impulso
Relógios biológicos
Acorrentando em meus pulsos
Um tempo que não vivi.

E daí,
Eu não vi
O meu filho crescer.
Nem vi florescer
No quintal do meu quintal
A minha árvore proibida
De fartos frutos proibidos.

Ah... Nem mesmo sei
Se inspirei ou expirei.
Apenas esperei... 

Acordei
E senti respingar
Gotas irrefragáveis
De rudes atrofias

Reparei...
Irreparáveis!

Várzea da Palma, 11/07/2005
(do livro: Ruas Abertas, Portas (e mentes) Fechadas

domingo, 13 de maio de 2012

Para sempre

Das minhas entranhas
Surgem estranhas
Deduções
Que me deixam desconfiado
Sem saber se estou errado
Ou certo, pode ser!

O que de certo eu sei
É que os monstros desgarrados
Ainda povoam minhas infâncias
Pelas próximas e eternas
Eternidades...

Boa Vista, 26/08/2004

(do livro: ControVersus)