Esses anos
Longos e breves anos
Os passei asilado
Exilado
Sob densa penumbra
Dos pesados ponteiros
Precisos nas horas
Dos leves relógios
Relógios de impulso
Relógios biológicos
Acorrentando em meus pulsos
Um tempo que não vivi.
E daí,
Eu não vi
O meu filho crescer.
Nem vi florescer
No quintal do meu quintal
A minha árvore proibida
De fartos frutos proibidos.
Ah... Nem mesmo sei
Se inspirei ou expirei.
Apenas esperei...
Acordei
E senti respingar
Acordei
E senti respingar
Gotas irrefragáveis
De rudes atrofias
Reparei...
Reparei...
Irreparáveis!
(do livro: Ruas Abertas, Portas (e mentes) Fechadas
Nenhum comentário:
Postar um comentário