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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O balanço na rede


Mato a bala no peito
De frente pra rede...
E a galera se levanta!

Vacilo um instante...
A rede não balança
Silencio gritos estridentes.

Se a rede não sacode
Em éxtase explode
O alarido do silêncio!

E os corações endurecem
E os corações recrudescem

Redes e fios recrudescem
E as aranhas não tecem
A cadeia de alimentos

Nos fios e nas cordas
Ora a bola não rola
Ora a rede se enrola
Em defesa do gol

O gol se aniquila
E o gol se afunila

E o caldo filtrado
Não alimenta em tese
Um ingênuo passarinho

Há pássaros na trama
Regurgitando na grama
Redes e fios rompidos
Balas e gols impedidos!

Boa Vista, 11/07/2003

(do livro: Outra Estrada Qualquer!...)