Esse meu corpo pesado
E a minha alma (des) cansada
Não pertencem a mim.
Não sou dono de nada
Nem da roupa que me cobre
Nem das flores do jardim!
Sou, contudo,
Parte de tudo.
Sou o fio do novelo
Que tece a teia do universo
Sou matéria das estrelas
Semeada a céu aberto...
Sou essência condensada
Sou semente emprestada
Desse chão que me brotou!
São João Del-Rei, 15/07/2009