Fazer versos é
dar à luz
Leva tempo e até
dói.
Porém, paridas,
As palavras
crescidas
Enchem-se de
graça
E dançam encantadas
A ciranda ou
cirandinha.
Voam alto,
repousam longe
Atravessam barreiras
dos sons
Contornam limites
dos ritmos
E nivelam
horizontes em rimas.
Mas, quando
cansadas,
Para dormir seus
encantos
Retornam meigas à minh'alma
Como delirantes devaneios.
São João del-Rei,
15/06/1987
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