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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Valor intrínseco

Quanto vale a minha alma?
Vale os sonhos que sonhei
Antes mesmo de nascer!

Vale a realidade apressada
Que aniquila velhos sonhos
Durante o meu viver.

Vale a fé irrequieta
Imprecisa e fugaz
Que se derrete por detrás
De densa luz equivocada
Por tanta sombra sufocada
Nas penumbras da esperança!

Corinto, 05/02/2007.

domingo, 11 de setembro de 2011

Preceitos e preconceitos

Em meio a portas de entradas
Escancaradas
Vejo portas entreabertas
De saídas encobertas...
Dando vazão aos delírios
Mais profundos
Aos pecados encantados dos mundos
Depravados mundos!... Imundos!...
Encarnados... Mundanos...
Mudando o profano
Em cotidiano
Em tarefas escolares
Seculares... Salutares...
Juvenis... Pueris!

Dragões de línguas e olhos de fogo
Arrastam-se iguais a contorcionistas
E lambem atrevidos e sorridentes
Os pés lavados e indulgentes
Da obtusa moral coletiva!

Boa Vista, 28/01/2004

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Restrição

O céu experimento em seu colo
O inferno em seus domínios
Subjugo-me em desatino
Nesse desejo incontido
No seu corpo contido.

Reviro-me noite adentro
E ao tardar o amanhecer
Adormeço esperançoso
De que na verdade
Um novo dia
Nunca venha.

Várzea da Palma, 20/05/2005.