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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Impropriedade

Versos são filhos
Crescem e se vão
Em busca de afetos
Sob tetos descobertos.

Trazem-nos por certo
Desejados e esperados
Netos irrequietos
Atrevidos, por que não?
Que nos adulam carinhosos
E nos chamam de meu pai.

Mas como os filhos legítimos
Quebram laços indissolúveis
Celebrados nos primórdios
Antes da própria gênesis.

E se lançam destemidos
No mundo profundo,
Orgulhosos filhos do mundo
Bravos filhos de si mesmos!

Belo Horizonte, 12/01/2005
(do livro: CONTROVERSUS)

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