Hoje eu vejo
Que o tempo não passou.
Esticou-se, apenas,
Num diâmetro imperfeito,
E de tamanho quase infinito,
Maior que a própria imaginação.
E assim, num canto qualquer,
Ainda posso viver
Tudo o que sempre quis
Tudo que eu sempre quiser!
Mas por medo explícito em meu coração
De reencontrar a felicidade,
Adio a minha decisão...
Postado no centro do palco,
Ornamentado de holofotes,
Abro um sorriso enfadonho,
E em humilde reverência
Me curvo ao fardo insuportável
Que embrulha os meus papeis.
Arranco aplausos intermináveis
Da insaciável platéia feliz,
Ávida pra ser como eu
Um pouco menos infeliz!
Boa Vista, 22/07/2004.
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