Dialogava com Deus
À luz frouxa da lamparina.
Do meu jirau aos pés da cama
Testemunhava encantado
As confidências divinas.
Meu pai cochilava ajoelhado
Aos versos maquinais da ladainha
Orava por nós
O ora pro nobis!
E o sono por pura maldade
Abotoava sem ter piedade
Os meus olhos contemplativos!
Boa Vista, 28/09/2004
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