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quarta-feira, 23 de março de 2011

Além da alma



Não,
Não quero de novo
O colo da minha mãe.
Dele algumas vezes caí
É bem verdade, sobrevivi.
Quero o seu útero
Suave e sem riscos
Como antes do existir!

E se depois do fim
Houver o fim,
Por que castigo
Nasci?

Mas se por fim
Não houver o fim
Mais insana ainda
Em algum lugar
A minha alma
Há de vagar!

Boa Vista, 07/03/2003

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