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terça-feira, 22 de março de 2011

Entre moendas

Sou filho do nada
Dessa explosiva energia
Absorvida no absoluto repouso
Dos movimentos exprimidos
Entre tempos e lugares todos!

O presente é um presente
Tão doce quanto a garapa
Apertada entre as moendas
Do passado e do futuro:
Poderá tornar-se em rapaduras
Ou infiltrar-se nas rachaduras
Da terra estéril e ressequida
Que no plantio preparei!

Boa Vista, 08/02/2004

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